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Não saber em análise

  • Foto do escritor: Sâmila Candeia
    Sâmila Candeia
  • 28 de mai.
  • 1 min de leitura

Atualizado: há 3 dias

Nos atendimentos clínicos, a expressão “não sei” aparece com frequência e em diversos contextos possíveis. Ela não é uma falta de resposta e pode indicar alguns assuntos ou processos.

A princípio, não saber em análise pode indicar movimento – a vontade de saber mais sobre uma situação; pode indicar também uma resistência – o que se pensa não é o que se diz, por medo de escutar ou de se deparar com as próprias palavras, que por vezes são dolorosas ao contato; e, além de uma dificuldade na simbolização, pode indicar um sintoma – uma angústia que se apresenta como enigma. 

Ao último não saber vai responder um outro não saber: o do analista, que se empresta ao paciente, empresta seus significantes, na intenção de fazer uma investigação mais profunda do que está em cena na análise – e oferecendo cuidado conforme os elementos vão surgindo. 

Em qualquer das situações, há sempre algo que escapa ao próprio sintoma ou à forma da linguagem e é aí que a análise acontece: quando o não saber se torna uma abertura.


 
 
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