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Desejo

  • Foto do escritor: Sâmila Candeia
    Sâmila Candeia
  • 14 de mai.
  • 1 min de leitura

Atualizado: há 6 dias

Como é curioso perceber as relações que criamos com as coisas que nosso desejo habita. O movimento que o desejo faz, de modo capilar, na sutileza dos encontros, na significação, na angústia. 

Em janeiro, assisti no cinema ao Centro, Ilusão de Pedro Diógenes. Ali, como espectadora, o deslocamento dos acontecimentos foi me direcionando a uma emancipação da expectativa de que a resolução do desejo se daria por certa rigidez da estratégia e não por um rigor que se direciona a ele próprio. A continuidade do desejo parece se dar no que se realiza, no que troca de plano, escapa da fantasia e encontra um outro que faz contato e corresponde o amor à sua maneira.

Um amor emancipado independe mesmo do instrumento, dos objetos. A importância maior talvez esteja no conteúdo que circula entre o corpo e o invisível, na absorção, na troca de um particular por outro. Mesmo em certo fatalismo há algo que não se deixa encerrar: o desejo novamente se desloca.



*SINOPSE: Dois músicos de gerações diferentes se conhecem em uma audição para um concorrido laboratório de música na cidade de Fortaleza. Tuca tem 50 anos e se sente frustrado com sua carreira. Kaio, de 18 anos, é um aspirante a artista que deseja fazer sucesso com suas próprias composições. Os dois tentam conquistar a vaga e jogam suas esperanças e sonhos na possibilidade de serem aprovados.


 
 
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